A ILHA

A Ilha

Em 2019 existe uma entidade que pretende criar um estilo de vida, num bunker, visto que o planeta, supostamente, foi contaminado por uma infeção de escala mundial. Lincoln Six Echo reside nesta realidade e sonha alcançar "a ilha", o único ponto não contaminado do planeta. Após descobrir que todos os habitantes são clones, que possuem a única finalidade de fornecer partes de seu corpo para seres humanos reais, Lincoln decide escapar juntamente com Jordan Two Delta.
Neste filme são abordadas três ideias gerais, que ,por sua vez, “dão que pensar” e sao plenamente discutiveis na área filosófica.
A primeira, e talvez a mais importante, aborda a comparação de um simples mortal com Deus. Apesar do cientista afirmar que “os produtos” eram simples vegetais, e de todas as regras para evitar a “proximidade”, os clones tinham vivências e sentimentos distintos do cliente que os requisitou. O aspeto físico era exatamente igual, mas a alma não. O clone procurava vias para sobreviver (intuito humano), tal como o seu dono, que o criou para salvar a sua presença no mundo. Tendo em conta os argumentos antes apresentados, questiono: poderá um humano criar uma vida em função da sua? Poderá um humano tirar uma vida em função da sua?
O filme aborda também a curiosidade humana(argumento valido para ser utilizado na tese antes referida) uma vez que Lincoln Six Echo descobre a “farsa” através dessa capacidade. Foi o primeiro a desenvolver este atributo psíquico, tal como os humanos(outro argumento que poderá completar o sentido da primeira afirmação). O simples facto de ele questionar o mundo que o rodeia foi visto como uma ameaça pelos responsáveis, porque poderia “contaminar” os outros clones e levar a uma desordem tremenda, nunca esquecendo que prejudicaria a empresa num valor monetário aproximado a milhares de milhões de euros(pode o homem comprar a sua própria vida ou tentar extende-la a troco de milhões de euros?).
A terceira e última questiona-nos sobre o sequestro.