A IDENTIDADE DO EDUCADOR E DO EDUCANDO DA EJA

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Compreender a EJA como um processo de complementação de aprendizagem é um fator fundamental para todos os que estão inseridos nessa modalidade de educação.
O educador deve ir além de ensinar. Deve aprofundar seu conhecimento cultural, de forma a inserir-se na realidade do aluno a fim de ajudá-lo a organizar e sistematizar o conhecimento já adquirido no seu cotidiano social. “Alguém que deve habitar e construir seu próprio espaço pedagógico de trabalho de acordo com limitações complexas que só ele pode assumir e resolver de maneira cotidiana, apoiando necessariamente em visão de mundo, de homem e de sociedade”(Tardiff, 2005, p. 149)
Claro que isso não é uma tarefa fácil. Toda a identidade do educador fora construída para ser o dono do saber a ser ensinado, agora ele precisa continuar defendendo esse saber e, ao mesmo tempo, construir alternativas de diálogo com o saber do aluno. O professor terá que construir uma nova identidade, forjada na alteridade, reconhecendo-se agente ativo e passivo no processo de educação.
Ao mesmo tempo, o educando deve ter sua identidade respeitada como um ser em si e para si, ou seja, o aluno precisa saber a sua importância na construção do saber-aprender. Por mais que cheguem apenas com uma visão utilitarista, de só querer o diploma para conseguir um trabalho ou melhorar o seu salário. Eles precisam se identificar com o conhecimento ministrado em sala de aula.
É necessário consolidar uma nova identidade para a EJA, na sua prática, no dia a dia, a fim de atendermos o que rege nossa LDB (Ribeiro, 2005). Aos professores, um aprofundamento cultural, a partir da síntese entre seu conhecimento teórico e a realidade do aluno. Aos alunos, uma retirada das escamas da rejeição escolar, colocadas pela educação tradicional. Esta é a identidade que a EJA procura.

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