A história e o tempo

A HISTÓRIA E O TEMPO
Centro Universitário Claretiano – Licenciatura em História - Metodologia da História I
II Semestre/2011
José Joilson Rodrigues da Silva – R.A 1076651 – Turma DGLH1101SPOJ

A HISTÓRIA E O TEMPO

“Ciência dos homens”, dissemos. É ainda vago demais. É preciso acrescentar: “dos homens, no tempo”. O historiador não apenas pensa “humano”. A atmosfera em que seu pensamento respira naturalmente é a categoria da duração. Decerto, dificilmente imagina-se que uma ciência, qualquer que seja, possa abstrair do tempo. Entretanto, para muitas dentre elas, que, por convenção, o desintegram em fragmentos artificialmente homogêneos, ele representa apenas uma medida.
Realidade concreta e viva, submetida à irreversibilidade de seu impulso, o tempo da história, ao contrário, é o próprio plasma em que se engastam os fenômenos e como o lugar de sua inteligibilidade” (BLOCH, 2001, p. 55).

O tempo sozinho não constrói a história, é preciso que haja ao menos um individuo humano atuando sobre si e sobre a natureza, no decorrer desse tempo, para que já se produza fatos relevantes de serem registrados. Bloch desdiz que o passado apenas seja o objeto dessa ciência, a História, visto que os fatos estão sempre atuando, a despeito do tempo cronológico, desde que o individuo humano esteja presente. Não se olha para o passado com o intuito de estudá-lo, mas como recurso para entender os fatos que de algum modo podem estar influenciando o presente, de modo direto ou indiretamente. Seria essa a compreensão mais viável? Pode haver lá no pass ado fatos isolados, relevantes para a época em que se deram, mas que em nada influenciam acontecimentos futuros? Nesse caso, havendo esses fatos, quando analisados , pode se afirmar que estamos estudando o passado porque esses não têm ligações com o tempo presente. Não afirmo que haja esses fatos, caso contrário eu teria que apresentá-los, apenas fiz um questionamento. Porém daí volta-se ao pensamento de Bloch, o