A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica - Resumo

A história do pensamento econômico como teoria e retórica

No artigo A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica, datado de 1983, o economista brasileiro Pérsio Arida (São Paulo, 01/03/1952) explica a existência de dois moldes para o aprendizado da Teoria Econômica: o modelo americano (soft Science) e o modelo europeu (hard Science). O modelo americano exclui a História do Pensamento Econômico e as leituras não podem ter mais que cinco anos datados de seus lançamentos. Já o modelo europeu se concentra nos clássicos, contribuindo assim, para um prejuízo de familiaridade com conhecimentos mais recentes.
Criado no século XX, logo depois da Segunda Guerra Mundial, o modelo americano enfatiza que os trabalhos recentes é que devem ser adotados sob a perspectiva de que a Ciência Econômica está relacionada as Ciências Exatas, uma vez que cria a necessidade do uso de manuais (atualizados continuamente) e exige do pesquisador trabalho constante. Árida estabelece que nesse modelo a História do Pensamento Econômico (HPE), aparece como conjunto de “erros e antecipações” da Teoria aceita hoje em dia e que dessa forma se reescreveria sempre a HPE, passando assim a ser a História das Ideias, com visões presentes do passado.
Sobre o modelo europeu, a Teoria Econômica está concentrada nos textos de 250 anos atrás e essas leituras são insubstituíveis já que a Teoria é formulada a partir dessas obras. No que tange a HPE, esse se confunde com a própria Teoria Econômica já que os Clássicos seriam atemporais descaracterizando a própria ideia de História do Pensamento.
Contra o modelo americano, pode-se dizer que a incidência de uma fronteira de conhecimento dependeria do modo de resolução dos problemas. Se for por “superação positiva” o problema é resolvido mas o número de controvérsias se torna limitado. Percebe-se o predomínio de teorias divergentes por longas épocas, desse modo, o estágio atual da ciência não assimilaria o desenvolvimento da Teoria por completude,