A HIST RIA ECON MICA NO BRASIL

A HISTÓRIA ECONÔMICA NO BRASIL

Não é possível falar em ciência sem vincular o seu desenvolvimento à evolução social, cultural, política e econômica da sociedade. No Brasil esse processo é bem visível. Para realizar uma incursão na história da ciência no Brasil podemos marcar determinadas datas. De 1500 a 1888; de 1889 a 1930; de 1930 a 1945 (1950-1954) e 1964 a 1989, de 1990 até os dias atuais. De 1500 a 1888 é o período do descobrimento do Brasil e nossa consolidação como país agroexportador. Agroexportador porque nos especializamos na produção de matérias-primas e alimentos. Nesses 388 de história exploramos o pau-brasil, cultivamos cana-de-açúcar, extraímos ouro e prata e ouro e outros metais preciosos e plantamos café. A economia agroexportadora se assenta em um tripé: latifúndio, mão-de-obra escrava e monocultura. Evidente que em um ambiente desses a estrutura social era muito bem delimitada. De um lado os senhores que podiam tudo e do outro lado os escravos que não tinham direito a nada. Sem contar a presença determinante do catolicismo como religião oficial do país. Os portugueses, nos primeiros 30 anos de descobrimento do Brasil, não se preocuparam com as terras recém conquistadas. A atenção da Coroa de Lisboa se volta para nós quando os franceses e holandeses invadiram o Brasil. Daí o Rei de Portugal manda para cá o primeiro Governador Geral Tomé de Souza e instaura a capital do país em Salvador. É a primeira organização política implantada aqui e que tem a missão de colonizar o país e guardá-lo para o domínio português. Portugal é um país de fidalgos (filhos de algo, filhos de alguém). Fidalgos eram os nobres que possuíam terras e escravos. Um nobre jamais executava trabalhos manuais. Cuidavam de suas plantações, estudavam direito, caçavam e freqüentavam as festas nos palácios. Essas eram atividades fidalgas. No Brasil não é diferente, para estimular a vinda de pessoas para cá, a Coroa portuguesa realizou nossa primeira reforma agrária. Mas ao