A hist ria da nossa literatura tem sido estudada de v rias maneiras

921 palavras 4 páginas
A história da nossa literatura tem sido estudada de várias maneiras. A mais antiga é a que a encara como aquisição progressiva de consciência da realidade do país associada ao sentimento nacional. Outras a veem como transposição das sucessivas modas literárias do Ocidente da Europa, sua matriz cultural. Nem faltou quem a visse em correlação com a economia e os fatos políticos, ou que negasse a possibilidade de um enfoque histórico propriamente dito, preferindo encará-la como sucessão aleatória de autores e tendências.

Essas concepções contribuíram e contribuem, cada uma a seu modo, porque não há critérios absolutamente válidos, mas neste livro o ponto de vista é diferente, pois o autor procura determinar de que maneira a literatura foi se formando como atividade regular e como instituição de cultura, caracterizada pela articulação progressiva de elementos que permitem falar em literatura plenamente configurada.

Para isso, recorre à idéia de “sistema”, ou seja, o entrosamento orgânico de “autores” que manipulam meios expressivos concretizados em “obras” por eles produzidas e recebidas por um “público”. Quando se estabelece esse relacionamento, forma-se uma “tradição”, que permite aos novos autores inspirarem-se nos antecessores locais, em lugar de recorrerem apenas às sugestões das literaturas matrizes. Deste modo, forma-se uma “continuidade”, que assegura na duração temporal o funcionamento do sistema.

Aplicando esta hipótese, o autor distingue três momentos na história da literatura brasileira: (1) o das manifestações literárias”, do século XVI a meados do século XVIII; (2) o da “configuração do sistema literário”, da metade do século XVIII ao fim do Romantismo; (3) o do “sistema literário consolidado”, que vem até os nossos dias. No primeiro momento não há vida literária, mas atividades isoladas em vários pontos da colônia, ligadas ao sistema literário português, o que não impede o aparecimento de grandes escritores, como Antonio Vieira e Gregório de Matos.

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