A hemorragia interna por traumatismo crânio-encefálico
A hemorragia interna por traumatismo Crânio-encefálico (TCE) é um grave problema de saúde pública na actualidade. Estima-se que cerca de quinhentas mil (500.000) pessoas sofrem de TCE por ano em Angola, sendo que 20% das vítimas terão algumas incapacidades e deficiências, causando sofrimento e transtornos não só para os pacientes, mas para toda a família.
No Kuanza Norte propriamente na cidade de Ndalatando, as lesões traumáticas relacionadas aos acidentes de viação constituem a maior causa de mortes de 0 a 45 anos de idade. Isso significa que cerca de 46,15% das mortes ocorre na faixa etária de 0 a 10 anos e 23,07% de 11 a 20 anos, sendo o traumatismo crânio encefálico a principal causa de morte e sequelas nessas faixas etárias.
Segundo Suares CM (1994), o TCE começou a ser descrito como importante factor de óbito em suas vítimas a partir de 1682, tomando proporções cada vez maiores, devido ao aumento de sua incidência estar diretamente relacionado com a evolução da humanidade e o desenvolvimento da tecnologia.
Actualmente é a maior causa de morbidade e mortalidade nas comunidades; é a terceira causa mais comum de morte, excedido apenas por doenças cardiovasculares e câncer.
De acordo com Canova (2010), o TCE é definido como qualquer agressão que acarreta lesão anatómica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo e, de um modo geral, encontra-se dividido, de acordo com sua intensidade, em grave, moderado e leve. É considerado como processo dinâmico, já que as consequências de seu quadro patológico podem persistir e progredir com o passar do tempo.
Entre as principais causas de TCE estão os acidentes automobilísticos, atropelamentos, acidentes ciclísticos e moto ciclísticos, mergulho em águas rasas, agressões, quedas e projéteis de arma de fogo. De maneira geral a gravidade está relacionada com a intensidade do trauma. Facto relacionado com prognóstico das vítimas de TCE apontou que as alterações