A Guarania

A Guarânia.
O gênero musical guarânia foi criado em 1965, por Jose Asunción Flores, no Paraguai. Por ter sido feito inicialmente para bandas militares, usando apenas instrumentos, o gênero não teve grande repercussão em seu país de origem. Com o passar do tempo a guarânia obteve/sofreu mudanças, sendo incorporada para orquestras convencionas, o que a levou na direção do poema sinfônico, ganhando assim espaço entre os músicos do povo.
Para novo gênero de canção poetas foram chamados para contribuir com seus versos, que juntamente com a melodia em andamento lento e geralmente em tom menor, chamou a atenção de músicos ligados a ritmos como a polca paraguaia, que incluíram canções guarânias em seus repertórios tornando-as mais conhecida pelo país.
Aos poucos o ritmo chegou a instrumentos ligados diretamente ao povo, como a harpa índia e aos violões, tornando possível a transformação do gênero em realmente nacional. Coincidência ou não, a democratização da música guarânia no Paraguai estava sincronizada a popularização do gênero caipira, mais conhecido como música sertaneja, no Brasil.
Por meio de pesquisa e incontáveis viagens ao Paraguai, Raul Torres, Ariovaldo Pires, Mário Zan e Nhô Pai, músicos brasileiros nos anos de 1930, a guârania chegou ao Brasil, sendo logo aceita por ouvintes e músicos do meio caipira, ou seja, pessoas do campo, por se enquadrarem perfeitamente a harmonia de músicas já conhecidas.
O gênero começou a ser usado por compositores em novas músicas sertanejas como uma nova forma de obter sucesso, fazendo com que a partir de 1940, depois de tornar canções populares, parte dominante do meio sertanejo já usasse a guarânia em suas composições.
Com o avanço rápido da zona industrial e a ida de pessoas do campo para as cidades em busca de oportunidades de trabalhos em atividades urbanas, deu-se uma miscigenação que iniciou uma nova classe social, “os novos caipiras” e essa seria a classe que escutaria a música sertaneja.
As primeiras gravações