A grande depressão

Após a 2ª Revolução Industrial, o capitalismo parecia ter esgotado sua capacidade de manter o desenvolvimento baseado no mercado interno. Sua evolução natural foi ultrapassar as fronteiras de seus territórios transformando as colônias sob seu domínio em fonte de matérias-primas e mercado para seus produtos industrializados. Esse processo não foi pacífico e recebeu o nome de Imperialismo. O Imperialismo foi amplamente difundido pelas economias européias, mas levou a uma queda gradual e contínua dos preços ao redor do mundo, apoiado pela prática do dumping e uma crônica situação de desemprego nas economias centrais, gerada tanto pelo contínuo crescimento demográfico, quanto por uma economia de mão de obra prejudicada pela introdução de processos produtivos que elevavam a produtividade dispensando o aumento do número de trabalhadores.
A ERA DE OURO
A solução para ajustar os preços foi a integração econômica viabilizada pela adoção do padrão ouro. Ele foi o remédio temporário ao dilema de aumento da renda agregada e aumento do desemprego. Esse sistema criava uma previsibilidade do comércio exterior para que houvesse uma integração entre as economias – o dinheiro estava preso a quantidade de ouro existente no país - se um país criasse um déficit ao importar mais do que exportar, gastaria uma quantidade de ouro superior ao montante recebido com as vendas internacionais para pagar pelas importações. Assim, seria preciso passar por um ajuste fiscal forçado pelo padrão ouro, redução de preços e salários e consequentemente queda do poder de compra dos trabalhadores devido à diminuição da oferta interna de dinheiro. Nesse período as nações que mais se beneficiavam nesse tipo de sistema, foram as que tinham ou controlavam mais minas de ouro. O padrão ouro agia como um regulador, impondo austeridade a fim de aderir ao regime. Investidores poderiam avaliar o grau de confiabilidade financeira dos governos, não existia controle nas taxas de câmbio nem qualquer outro