a geopolitica brasileira e as grandes obras

A geopolítica brasileira e as grandes obras: o caso de Itaipu
Adriano Márcio Custódio

Resumo
Este artigo não tem grandes pretensões senão fazer uma análise das mudanças do papel geopolítico do Estado brasileiro tendo como pano de fundo algumas de suas ações durante o século 20. Dentre estas obras está a hidrelétrica de Itaipu. Trata também da gestão territorial definida sobre o substrato das bacias hidrográficas e do contexto atual que permeia o discurso das Parcerias Público- Privadas.
Palavras-chave: Brasil, geopolítica, Itaipu, bacias hidrográficas, Parcerias Público-privadas

Summary
This article has no great pretensions but to do an analysis of changes in the geopolitical role of the Brazilian state with the backdrop of some of his actions during the 20th century. Among these works is the Itaipu hydroelectric plant. It is also about land management on the substrate defined watershed and the current context that permeates the discourse of public-private partnerships.
Keywords: Brazil, geopolitics, Itaipu, watersheds, Public-Private Partnerships
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Itaipu é fruto do planejamento e investimento estatal que visava viabilizar a acumulação capitalista nacional através da industrialização. Este pacto desenvolvimentista já produzira frutos na Era Vargas quando o Estado canalizou o excedente de capital das indústrias têxteis e de manufatura para implantar as indústrias de base e de substituição de importação.
A partir daí segundo RUCKERT, 2005 “[...] o Estado Desenvolvimentista consolida as principais infra-estruturas estratégicas nacionais e, com isso, assume o papel de principal artífice da construção da nação” Posteriormente com JK o houve uma abertura para o capital internacional com a implantação das multinacionais do setor automobilístico e a intensificação do processo de integração rodoviária da malha urbana nacional (até então localizada predominantemente no litoral e ligada precariamente com o interior