A Geometria da fratura
Lucas Máximo Alves
Av. Carlos Cavalcanti, s/n, Uvaranas,CEP - 84030-000, Caixa Postal 1007, Fone/Fax: (042) 2203055, lmalves@uepg.br, Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Materiais, Universidade
Estadual de Ponta Grossa-PR, - CIPEM/UEPG-PR.
RESUMO
A geometria de estruturas irregulares que diferem da geometria euclideana, tais como: trincas e superfícies de fraturas, podem ser descritas pelos conceitos extraídos da geometria fractal aplicados a fratura. O objetivo deste trabalho é apresentar uma linguagem precisa para a descrição da mecânica da fratura na nova visão da teoria fractal. A fim de aplicar esta linguagem diretamente à fenomenologia da fratura no entendimento dos processos de formação de trincas e microtrincas com padrões ramificados ou não. Cujos padrões são encontrados desde a fratura estável até o processo de fragmentação.
Palavras-chaves: trabalho de fratura, energia de superfíce, curva-R, materiais frágeis, dimensão fractal. INTRODUÇÃO
A fractografia trata da caracterização das trincas e superfícies de fratura através de observações em microscópios. Com estas observações feitas ao longo dos anos, percebeu-se que, as trincas e superfícies de fratura apresentam aspectos geométricos similares
(1)
independentes da escala de magnificação . Esta idéia fêz com que se admitisse, que algum tipo de padrão, aparentemente irregular, se conserva. A partir daí, as trincas e surpefícies de fratura tem sido estabelecidas através de inúmeras medidas experimentais[ ], como sendo objetos geométricos que apresentam um escalonamento fracionário ou “fractal”, conforme definido por
Benoit Mandelbrot(1).
A geometria fractal trata da descrição de superfícies e padrões de crescimento irregulares, que até então só eram estudados pela topografia[ ] e particularmente na fratura pela fractografia[
], por meio da análise estatística e das técnicas de perfilometria de superfícies. Com o surgimento desta nova geometria(1) a