A Fra O Do P O Em Ema S

2446 palavras 10 páginas
A fração do pão em Emaús A história lucana das origens da refeição não estaria completa sem falar do cumprimento da refeição no reino de Deus. Depois de relatar as sete refeições com Jesus o profeta e a Última refeição com Jesus o Cristo, Lucas conta o incomparável relato dos discípulos de Emaús, onde se narra o que sucedeu a dois discípulos que abandonaram desanimados Jerusalém e se encontraram com Jesus já ressuscitado, mas foram incapazes de reconhecê-lo. Conta como Jesus abriu suas mentes para compreender as Escrituras, e seus olhos para reconhecê-lo na fração do pão. Como nos relatos anteriores sobre as refeições, o cenário de tempo e lugar e os diversos personagens são elementos essenciais. O relato de Emaús começa com uma introdução perfeitamente definida, como é característico de Lucas.1 A introdução situa o acontecimento no tempo e no espaço, apresenta aos dois discípulos e a Jesus, que se une a eles enquanto discutem pelo caminho de Emaús, e põe o principal problema do relato, a saber, que algo impedia aos discípulos reconhecer a Jesus (cf. Lc 24,13-16).
O relato começa situando o acontecimento no tempo: nesse mesmo dia, ou seja, o primeiro dia da semana (cf. Lc 24,1). Ao deixar Jerusalém, os discípulos estavam deixando o caminho (cf. Lc 9,51) no mesmo dia em que se estava cumprindo a promessa da vida inteira de Jesus (cf. Lc 24,50-53).
No relato de Emaús há uma introdução que conduz até a afirmação fundamental de que os olhos dos discípulos estavam como incapacitados para reconhecer Jesus (cf. Lc 24,13-16), e uma conclusão que começa com a afirmação de que se abriram os olhos e lhe reconheceram (cf. Lc 24,31). Esta afirmação conclusiva resolve a tensão mantida desde 24,16 e introduz o desenlace do relato (cf. Lc 24,31-35). O corpo ou parte principal do relato (cf. Lc 24,16-31) põe de manifesto como os discípulos passaram do não reconhecimento ao reconhecimento do Senhor ressuscitado.2
Dentro deste contexto é importante compreender o que

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