A filosofia patrística

24150 palavras 97 páginas
Capítulo Primeiro – A FILOSOFIA PATRÍSTICA

1 — O CRISTIANISMO NASCENTE E A FILOSOFIA ANTIGA
Quando o Cristianismo entrou em cena pretendeu ser ao mesmo tempo verdade teórica e informação prática da vida. "Eu sou o caminho, a verdade e a vida", declara o seu fundador. A verdade é considerada como algo de absoluto e eterno, porque é verdade não somente humana mas também divina revelada. "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão". É também a informação da vida, o "caminho e a vida" é algo de absolutamente certo, conduz seguramente à "salvação". Com uma tal segurança não estava habituada a filosofia antiga. Não se apresentava ela como a encarnação do Logos e da eterna sabedoria mesmo, mas queria ser apenas amor da sabedoria. A verdade porém ela já queria oferecê-la e também pretendia a direção dos homens; isso o foi ela desde o começo e particularmente na época helenística, quando o antigo mito se desvaneceu e a filosofia tinha que cuidar das almas, para substituí-lo. Desta atitude, parte idêntica e parte diversa, deste encontrarem-se na busca do mesmo fim e diferirem na escolha dos meios e do caminho para o fim, resulta a posição do Cristianismo nascente relativamente à filosofia antiga: ele a rejeita para de novo aceitá-la.
a) Paulo
Já com PAULO é assim. Começa rejeitando a "sabedoria deste mundo" para de novo aceitá-la, chegando mesmo a apelar pára o seu testemunho em apoio do seu próprio sentir. 1 Cor. 1, 19 escreve: "Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e reprovarei a prudência dos prudentes. Onde está o sábio? onde o doutor da lei’í onde o esquadrinhador deste século? Porventura não tem Deus convencido de estultícia a sabedoria deste mundo?… Porque tanto os judeus pedem milagres, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos o Cristo crucificado, que é um escândalo de fato para os judeus e uma estultícia para os gentios, Mas para os que têm sido chamados, assim judeus como gregos, pregamos a Cristo, virtude de Deus

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