A filosofia de Montaigne

353 palavras 2 páginas
O intelectual Montaigne viveu no século XVI, período em que sobressaíram as dúvidas e incertezas, derivadas da Reforma Protestante, esta que se opunha as ideias da Igreja Católica que até então eram soberanas. Criticava as evoluções científicas da época, como por exemplo, as pesquisas de Copérnico acerca do heliocentrismo, e afirmava que elas de nada serviam na busca da verdade sobre as coisas.
Admirador dos diferentes hábitos e costumes, tinha o gosto por ler registros de viagens das grandes navegações para que por meio dos relatos pudesse conhecer mais sobre os costumes dos povos do Novo Mundo, um deles o Brasil que estava no início de sua exploração. Preferia ler os relatos de homens considerados mais simples, considerava que homens letrados deixavam sobressair o seus hábitos e costumes culturais durante os relatos.
Seu projeto filosófico era o da crítica cultural, sua primeira análise foi realizada após a leitura de relatos a respeito dos povos Tupinambás. Tal povo habitava a região costeira brasileira e possuía hábitos canibais. Ao analisa-los, observou seus costumes comparando-os com a carnificina que acontecia na Europa durante a Reforma Protestante. No discorrer de sua crítica mostrou que o ato de comer carne humana cozida não podia ser considerado mais desumano que esquartejar pessoas vivas durante a guerra.
Considerava a cultura europeia escrava de costumes e hábitos, e afirmava que todos eram bárbaros condicionados à estes. Deixavam de lado a diversidade humana, e ao observar povos que possuíam práticas e valores diferentes, sentiam-se livres para julgar, visto que levavam o seu estilo de vida como ponto de partida para análise, como se todos devessem agir igualmente.
Não acreditava na afirmação de que a racionalidade levasse a realização humana, opondo-se ao pensamento que era característico da época. Preferia acreditar que a razão era a grande causadora dos problemas humanos, e que pensar conduzia a problemas tais como distúrbios alimentares e

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