A Felicidade Para Os Gregos

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A felicidade para os gregos
O tema da felicidade não é um tema atual. Apesar de hoje em dia as pessoas buscarem-na a todo custo, este é um assunto levantado pelos gregos e assimilado como a principal questão ética da antiguidade e da alta idade média. Felicidade era um tema sério na antiguidade, que não podia ser resolvida com meia dúzia de livros na estante.

O precursor desta problemática fora Sócrates (469 a.C-399 a.C), mas é Aristóteles quem sistematiza esta questão (384 a.C-322 a.C). Em sua principal obra ética, denominada Ética à Nicômaco, o estagirita tem o seguinte raciocínio: todas as coisas buscam o seu fim (“télos”), que é sinônimo de bem; o fim do homem é a felicidade (“eudaimonia”). A grande questão é o que significa realmente felicidade.

A maioria das opiniões, nota o pensador, se encerra nas noções de riqueza, honra e glória. Para chegar ao seu conceito de felicidade, Aristóteles afirma que o homem é caracterizado por possuir a razão, isto o diferencia das demais coisas do mundo. Assim, felicidade deve ser uma atividade da razão. Esta atividade será denominada contemplação. Podemos associar a contemplação à reflexão. O ideal de sábio está inserido dentro do pensamento ético aristotélico. O sábio é feliz. O detalhe é que por ser uma atividade, a busca por ela deve ser constante. Ter sido feliz ontem não significa ser feliz hoje. Outro dado importante é que para Aristóteles, a felicidade é atingida dentro da comunidade humana (polis).

No fim do século IV a.C a “polis” grega entra em ruína. O mundo é a casa do homem, que se torna cosmopolita. É preciso repensar a questão da felicidade em um mundo agora plural e sem fronteiras. As propostas mais conhecidas são dadas pelas escolas filosóficas cética, epicurista e estóica.

A escola cética parte da premissa de que o homem não tem certeza de nada, o que era natural num mundo que parecia absoluto, mas que entrara em crise. O homem para ser feliz deve suspender os juízos (“epoché”). Assim, cria-se uma

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