a familia

O PAPEL EDUCADOR DA FAMÍLIA

SILVIA GOUVEIA FRANCO DELGADO

A família é a unidade ou a base da sociedade. Tradicionalmente, é constituída por um casal (pai e mãe) e sua prole (filhos).
No mundo contemporâneo, muitas mudanças ocorreram no núcleo familiar com a liberação sexual que alteram sua estruturação, como: separações dos casais, a mulher ganha um novo lugar no mundo do trabalho e muitas assumem o papel de chefes da família, as produções independentes1, o controle de natalidade, fenômenos que produziram como efeito a perda do sentido da familiaridade. Muitas perguntas surgem nas cabeças das crianças, qual o parentesco que tenho com o filho do marido da minha mãe? O pai de minha madrasta é meu avô igual é de meu irmãozinho? Entre outras...
O amor, o casamento, a família e o trabalho, antes elementos importantes a permanência das uniões de casais, hoje não mais as impulsionam, foram substituídos por projetos individualistas, tanto de homens como de mulheres.
Além do já descrito, a vida cotidiana vem dificultando o exercício da atenção familiar, chefes de família trabalham por muito mais horas e se mantêm mais tempo longe dos filhos para proverem o sustento e os confortos da vida moderna, assim os filhos ficam muito mais tempo longe de seus responsáveis2 e não têm a oportunidade de aprender sobre história dos antepassados, as dificuldades da família, o dia-a-dia do trabalho dos pais, valores sociais, respeito e responsabilidade, divisão de tarefas e, em destaque o exercício das relações afetivas familiares tão importantes à formação de berço3.
Segundo Freud4 e muitos outros pesquisadores do assunto, a família, em especial a relação mãe e filho tem aparecido como referencial explicativo para o desenvolvimento emocional da criança. Sendo a família o lugar que potencialmente produz pessoas saudáveis emocionalmente, estáveis, felizes e equilibradas, por outro lado, dependendo do convívio familiar, a família também pode ser considerada um núcleo gerador de