A fabricação de embalagens no setor de bebidas
A fabricação de embalagens é um elo fundamental da cadeia produtiva de bebidas, pois, além de representarem 50% dos custos de produção de cervejas e refrigerantes, é o segmento que apresenta considerável nível de desenvolvimento e inovação (tamanho, formato, material). Essas constantes alterações nos produtos exigem um elevado nível de flexibilidade nas linhas de produção, forçando os fornecedores de máquinas e equipamentos a desenvolverem produtos que permitam a absorção dessas mudanças.
Em geral, são os segmentos de cervejas e refrigerantes que ditam o desempenho da indústria de bebidas como um todo. A competitividade das empresas, nestes segmentos, depende fortemente de fatores como os elevados gastos com propaganda e a uma configuração eficiente das redes de distribuição. Esses fatores atuam como fortes barreiras à entrada, fortalecendo a tendência de concentração nesses mercados e configurando-os em estruturas próximas ao padrão de oligopólio competitivo.
Consequentemente, as estratégias de integração (horizontal e vertical) das empresas da cadeia produtiva de bebidas são cada vez mais percebidas como uma tentativa de obtenção de ganhos de escala e de escopo. É o caso do elo da distribuição, onde as empresas fabricantes têm buscado controlar a maior parte desta atividade com intuito de assegurar ampla penetração de mercado e maiores margens.
Não obstante, estratégias de verticalização a montante também são visualizadas na cadeia, sobretudo pelas grandes empresas que passam a dominar a fabricação de insumos básicos (concentrado para refrigerantes, garrafas de vidro, tampas metálicas, malte) acarretando, assim, na obtenção de vantagens competitivas através da minimização de custos e de riscos inerentes nas relações cliente-fornecedor.
Ademais, deve-se destacar o papel das pequenas empresas do setor que, por não conquistarem ganhos de escala ou escopo devido à limitada capacidade de investimento, acabam