A expansão do agronegócio
O agronegócio é formado por um conjunto de atividades interdependentes que têm em seu centro a agropecuária. Num dos polos dessas atividades estão os fornecedores de máquinas, equipamentos e insumos agrícolas e, no outro, as atividades de processamento industrial, de distribuição e serviços.
Dessa forma, estão articulados três setores da atividade econômica: primário (agropecuária e extração vegetal), secundário (indústria) e terciário (distribuição e comercialização).
Uma das principais características da expansão do agronegócio no país é a incorporação à cadeia produtiva de novas áreas que apresentam uma grande fragilidade socioambiental, como as áreas de cerrado e savanas amazônicas – que, do ponto de vista geográfico, correspondem a fronteiras.
Sem considerar as limitações ambientais, essa expansão tem ocorrido em decorrência da pequena infraestrutura física dessas áreas e do seu isolamento em relação aos grandes centros e portos de elevada cabotagem, visto que a maioria dos produtos representa commodities (produto de base em estado bruto) e produtos da pauta de exportação no mercado global.
O agronegócio representa mais de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que representa a soma de todas as riquezas produzidas no País.
Os números também são positivos nas vendas de produtos para outros países. Principal parceiro comercial do Brasil, a China importa US$ 388,8 milhões em produtos agrícolas brasileiros ou 8% no total exportado pelo setor. Em seguida, aparecem os Estados Unidos, que importam do agronegócio nacional pouco menos que os chineses.
Os produtos exportados de maior destaque são: carnes (US$ 1,14 bilhão); produtos florestais (US$ 702 milhões); complexo soja - grão, farelo e óleo (US$ 685 milhões); café (US$ 605 milhões) e o complexo sucroalcooleiro - álcool e açúcar (US$ 372 milhões). A mandioca, feijão e a laranja também estão entre os principais produtos agrícolas do Brasil. Já o trigo é principal produto