A existência relacionada a escrita

A EXISTÊNCIA RELACIONADA A ESCRITA

O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin, que entra como novata em uma instituição de "ensino médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados "problemáticos", inclusive envolvidos com gangues. Ela representa uma professora que oferece aos seus alunos, o que eles mais precisam: uma voz própria. A professora Erin Gruwell, combate um sistema deficiente, lutando para que a sala de aula faça a diferença na vida dos estudantes, utilizando o método da escrita, contando suas próprias histórias, e ouvindo a dos outros, uma turma de adolescentes supostamente rebeldes vai descobrir o poder da tolerância, e recuperar suas vidas.
Nesse sentido, o filme "Escritores da Liberdade" merece ser visto com consideração, sobretudo pela sua ênfase no papel da escrita e da linguagem, como mecanismo de transformações individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação tem um papel indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente, em sua comunidade.
Com isso, é perceptível que a linguagem é o mais poderoso instrumento de comunicação do ser humano. Isso porque, inserido no universo das letras, o indivíduo pode perceber questões importantes como a ação de forças políticas em meio às organizações sociais, a conjuntura econômica dos países, a forma como diferentes comunidades vivem em lugares diversos do mundo, os principais hábitos que definem seu povo, entre outros assuntos.
Desta forma, a linguagem pode ser entendida como a mediadora entre as subjetividades, que “enquanto produto histórico traz representações, significados e valores existentes em um grupo social.”