A evolução dos planos diretores

RESENHA: A EVOLUÇÃO E A REVOLUÇÃO NOS PLANOS DIRETORES

SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Planos diretores e estratégicos: dos velhos mitos aos novos ritos.

Antônio Heliodório Lima Sampaio é Graduado em Arquitetura pela Universidade Federal da Bahia (1967), Mestre em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo (1981) e Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1998). Atualmente, é Professor Titular da Universidade Federal da Bahia. Possui experiência docente (graduação e pós-graduação) e de consultoria nas áreas de Arquitetura e Urbanismo, ensina teoria e história da Arquitetura e Urbanismo e prática de Ateliê, com atuação profissional nos campos do Urbanismo, Planejamento Urbano e Projeto de Arquitetura.

O texto do autor faz uma breve exposição sobre a evolução e, ao mesmo tempo, problemas quando da revolução na criação dos planos diretores, não só com enfoque no Brasil, mas, também, acerca de planos diretores em localidades diferentes do mundo.

Para ele, apesar de serem mais simples e modestos, os planos diretores mais antigos eram mais coerentes, pois dava maior enfoque a elementos como topografia, drenagem, clima, hidrografia, etc. Tais elementos, nos planos diretores atuais, não são passíveis de muito estudo, uma vez que, os novos planos diretores seguem recomendações mais genéricas, de difícil apreensão e implementação na pragmática do espaço concreto, construído.
A totalidade urbana, a qual se refere o autor, foi perdendo ao longo do tempo sua essencialidade, tendo em vista a adoção de uma representatividade abstrata. O planejamento urbano deixou de considerar os elementos físico-espaciais que eram considerados antigamente, a prioridade passou a ser a preservação dos interesses do mercado imobiliário especulativo, aliado aos interesses governamentais.

Para tanto, afirma o autor que as grandes modificações ocorridas nas leis que tratam da urbanização trouxeram um caráter extremamente complexo aos