A evolução do pensamento em geopolítica

Em meados do século XIX, utilizado por Friedrich Ratzel, a geografia política compreendida como um conjunto sistemático de estudos restritos às relações entre o território e o Estado (posição, situação, características das fronteiras, etc.), passa a sofrer mudanças através da geopolítica.
São as teorias geopolíticas elaboradas pelos filósofos, sociólogos, militares, geógrafos e políticos desde a primeira publicação de Ratzel sobre o assunto até o fim da bipolaridade mundial com a desagregação da URSS em 1990.
A geopolítica clássica foi utilizada na dissolução da União de Estados Suécia-Noruega, fato que acabou ocorrendo em 1905.
No entanto, o termo geopolítica foi usado, a primeira vez, pelo geógrafo suíço Rudolph Kjéllen, em 1905, num artigo denominado "As grandes potências". Em 1916, a explicação do significado de geopolítica e de seu objeto de estudo foi elaborada em sua obra mais notável, Staten som Lifsform ou O Estado como forma e vida. Nela, a geopolítica é apresentada como uma forma de ciência do Estado, que caberia a formulação de teorias e estratégias políticas voltadas à obtenção de poder sobre determinado território.
Surgiu na Alemanha no decorrer da segunda década do século XX, no que ficou conhecido como Escola Alemã de Geopolítica ou até mesmo Escola de Munique. A Geopolítica, enfim, conheceu um período de grande expansão no pré-guerra, na primeira metade do século XX, tendo ficado “esquecida” depois de 1945.
No decorrer das décadas, a geopolítica clássica que durou até 1960, permeou o pensamento das nações vencedoras da Segunda Guerra Mundial.
Durante a Guerra Fria, surgiu a geopolítica contemporânea que desempenhou um papel central, nas décadas de 1970 e 1980. A partir da década de 1980, as sucessivas dissoluções dos regimes socialistas na Europa demonstraram que a configuração das relações políticas internacionais pós-Segunda Guerra estava prestes a se