A evolução do aço

7610 palavras 31 páginas
Vale e a História do Aço no Brasil
Eliezer Batista: O engenheiro que ligou a Vale ao resto do Mundo
O Brasil do início dos anos 60 era um 'fazendão' com exportações de US$ 1 bilhão ao ano em produtos como café, açúcar e cacau. Sem importância no comércio mundial, era uma odisséia para o país fechar contratos de exportação de longo prazo. Em 1962, durante o governo João Goulart, a Companhia Vale do Rio Doce, à época uma acanhada mineradora, deu a arrancada para a construção do porto de Tubarão, no Espírito Santo, que marcaria a abertura de uma nova fase nas relações externas do Brasil. A obra foi capitaneada pelo engenheiro Eliezer Batista, primeiro presidente da Vale do Rio Doce oriundo dos quadros da empresa, que completa 80 anos hoje.
Tubarão não só garantiu o crescimento futuro da Vale do Rio Doce, construindo uma ponte entre a mineradora e o resto do mundo, como permitiu aumentar significativamente as exportações brasileiras. O empreendimento deu credibilidade ao Brasil, à época 'desmoralizado' frente à comunidade internacional. Batista anteviu no projeto uma chance estratégica para o país. Ele conseguiu fechar contrato entre a Vale e 11 usinas de aço do Japão. O acordo previa a construção de um porto no Brasil (Tubarão) e de três grandes portos no Japão, os quais receberiam navios acima de 100 mil toneladas, inexistentes até então.

'Foi uma loucura para a época, pois não havia ship design, nem aço para esse tamanho de navio', conta Eliezer ao Valor, acomodado em sua sala no 6º andar da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no centro do Rio, onde dá expediente quando não está em viagem, pois ele integra o conselho de administração de seis empresas. Apesar do risco, o Japão aceitou construir os navios. Foi um casamento de interesses.

O Brasil tinha minério em abundância, mas ninguém queria comprá-lo. O Japão precisava do minério para reerguer a sua indústria siderúrgica, quase destruída na II Guerra. Europa e Estados Unidos viam com

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