A estrutura das revoluções científicas thomas kuhn
O livro A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn (2006) apresenta, nas palavras de Kuhn, uma teoria sobre a natureza da ciência, retratando o desenvolvimento científico como uma sucessão de períodos ligados à tradição e pontuados por rupturas não-cumulativas. São registradas e examinadas as diferenças do progresso da ciência em relação a outras áreas, e uma tentativa de explicá-las.Partes da teoria que o ensaio apresenta são um instrumento útil para a exploração do comportamento e desenvolvimento científico. Outra contribuição deste livro se destaca na concepção da noção de paradigma como uma realização concreta, como um exemplar que pode claramente aflorar do conhecimento tácito do cientista para o conhecimento explícito da área focada.Em discussões minuciosas, Kuhn isola e analisa a estrutura comunitária e suas diferentes características que no conjunto distinguem a atividade científica como, a falta de escolas científicas competidoras, a audiência e os juizes do trabalho científico, a natureza da educação científica, a resolução de quebra cabeças, o sistema de valores durante os períodos de crise, as dificuldades e etapas do período pré-paradigmático, as condições e urgências das resistências em diferentes grupos, o processo da construção do paradigma dominante e da estruturação do longo caminho para defendê-lo. Neste ensaio, por fim percebemos como o “conhecimento científico, como a linguagem é intrinsecamente a propriedade comum de um grupo e para entendê-lo precisamos conhecer as características essenciais dos grupos que o criam e o utilizam” (KUHN. 2006.