A essência divina de uma liderança humana

A essência divina de uma liderança humana

Algo inato em todo ser humano é querer ser o que não é, pois de certa forma nunca estamos satisfeitos conosco e sempre existe algo em nossa vida que nos desagrada. Como modelos na passarela da moda, mudamos de atitude, de opinião e, infelizmente, até de caráter ante as diversas vicissitudes que enfrentamos no nosso cotidiano. Somos atores (hipócritas, na mais pura acepção etimológica) que representam todo tipo de personagens para nos resguardarmos dos sofrimentos e intempéries que inevitavelmente nos assolam ao longo da vida.

Os cristãos, por sua vez, cujo modus vivendi deveria fazer a diferença neste mundo, em diversas ocasiões não escapam a essa triste realidade também, pois nem todos estão plenamente abertos à transformação que o Espírito Santo deseja efetuar em seu ser, imputando-lhe o caráter de Cristo. E este fenômeno tem seguido o mesmo curso de modo lastimável em meio aos nossos líderes cristãos hodiernos, fato este que deveria ser rara exceção, e não regra.

Uma das marcas mais fortes no caráter de um líder é a honestidade. Podemos dizer que a honestidade está intrinsecamente ligada à transparência. E transparência nada mais é do que ser o que somos realmente, sem máscaras que cobrem nossos erros nem capas de santidade. Entretanto, essa marca do caráter cristão tem sido aviltada na vida de muitos líderes, pois muitos deles buscam exercer seu ministério adotando certos sofismas que os levam a externar uma falsa perfeição, que inacreditavelmente beira a divindade em alguns casos. Isso tudo para esconder traumas pessoais como insegurança, medo de rejeição, soberba, ganância, dentre outros, o que os levam a avassalar seus liderados, e não a apascentá-los.

No entanto, controvérsia à parte, Deus nos chamou não para sermos divinos ou perfeitos, e sim maduros. A divindade pertence somente a Deus e Ele não a compartilha com ninguém (Is 42:8; Ef 4:6). Nossa missão é divina, nós não. Da mesma forma, a