A escola nossa de cada dia

A escolha nossa de cada dia

Incrível! Acho extraordinária a habilidade que certos diretores têm de colocar tanta emoção em seus filmes, brincando com nossos sentimentos e nos proporcionando momentos de reflexão. O filme “Um homem de família”, dirigido por Brett Ratner, é um dos que possuem essa capacidade de nos fazer pensar nas escolhas que fizemos em nossa vida, aonde elas nos levaram e o que poderia ter sido diferente.

No filme, um casal de namorados se separa no aeroporto com a promessa de que ficariam juntos nos EUA, após um ano de trabalho do personagem de Nicolas Cage, Jack Campbell, em Londres, o que não acontece. Treze anos se passam e, em uma noite de natal, através de uma espécie de mágica ou sonho, Jack vive na prática como teria sido sua vida caso tivesse ficado com Kate.

No momento da despedida, a namorada, Kate, interpretada por Téa Leoni, pede para que Jack não vá e fique com ela, mesmo que isso sacrifique suas vidas profissionais. Acredito que esta seja uma cena com que muitos dos que a assistiram tenham se identificado de alguma forma, não que tenham realmente vivenciado uma separação amorosa em pleno aeroporto, mas passado por uma situação envolta por sentimento semelhante a esse do adeus, da dúvida, da decisão, da escolha.

Além de ser um filme gostoso de ser assistido, é um convite a nos fazer pensar em como a vida nos coloca à disposição infinitos caminhos possíveis de serem seguidos, cheios de oportunidades, boas e ruins, cuja escolha é determinada pela aspiração que cada indivíduo possui. Ele nos mostra também que muitas vezes a escolha alheia acaba direcionando a nossa própria.

A diferença do filme para a realidade é que não temos a oportunidade de viver, nem ao menos de maneira fictícia, como seria nossa vida se tivéssemos escolhido outro caminho para seguir. Não podemos apagar o passado e com ele, nossos caminhos traçados, mas podemos parar para refletir sobre o que realmente é importante em