A escola de recife

1860 palavras 8 páginas
A Escola de Recife sofre de uma arrogância tal como ocorreu com os outros pensadores brasileiros, de não dar-se conta de correção das idéias (principalmente as ecléticas). A filosofia constitui um elemento que unificou os diferentes elementos culturas desta realidade. Surgiu nos anos 70 do século passado, dentro do movimento de idéias novas. "No ciclo incial, tratava-se de combater os suportes da monarquia, entendida como obstáculo ao progresso. Esgrimando tese apanhadas indiciriminadamente na obra de Comte, Darwin, Taine, Renan e outro. Não há facções ou tendências, mas uma espécie de frente cientificista. Nesse ambiente é que surge o positivismo como dissidente, mas na verdade formando diversas vertentes e influinfo de forma diversificada seguindo os segmentos da cultura brasileira que se considere" ( ). Tão logo se consituiu iniciaram-se as contestações, popularizadas na frase de Sílvio Romero: "Se constituía sintima de atrase combatê-lo por se estar aquém corrrespondia a sinal de progresso feri-lo por se estar além" ( ).

A Escola tinha várias preocupações desde a poesia, a política, mas a filosofia é que se constituiu no elemento unificador. Tem suas raízes na filosofia evolucionista, com bases em Spencer, que já afirmara a questão evolucionista antes mesmo do próprio Darwin. Spencer afirmara que o "evolucionismo é uma integração de matéria e uma dissipação concomitante de movimento, durante a qual a matéria passa de uma hegemonia definida e coerente e durante a qual o movimento retido sofre uma transformação paralela" (87).

Junto ao evolucionismo esta a concepção monista que afirma a pluralidade dos seres como resolúvel numa unidade fundamental imanente. É da união do evolucionismo com o monismo que surge a Escola de Recife, tendo como seus maiores expoentes Tobias Barreto (1839-1889), Sílvio Romero (1851-1914), Clóvis Bevilacqua (1859-1944) e Euclides da Cunha (1866-1909). É uma reação ao oficialismo da filosofia instituída como doutrina imperial.

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