A ERA BRAUDEL

A era Braudel

I – O Mediterrâneo
Na época da criação da história dos Annales , Braudel tinha 27 anos , havia estudado história em Sorbonne ,dava aulas em uma escola na Argélia e trabalhava em sua tese que se iniciou como um trabalho da história diplomática , de caráter comum mas bastante ambiciosa .Braudel foi contratado para lecionar na Universidade de São Paulo , de 1925 a 1937 . Conheceu Lucien Febvre no Retorno de sua viagem ao Brasil , que considerou como um filho e influenciou o seu trabalho .
O Mediterrâneo se trata de um livro de grandes dimensões , sua edição original tinha aproximadamente 6000000 palavras e seis vezes o tamanho de um livro comum , dividido em três partes que exemplifica uma abordagem diferente do passado . Braudel tinha a preocupação de situar indivíduos e acontecimentos num mesmo contexto , ele os torna fácil de serem compreendidos ao preço de revelar sua fundamental desimportância . Ele diz , que embora a história seja “ rica em interesse humano” , é também a mais superficial. A segunda parte de O Mediterrâneo é um tanto mais calma , chamada de “Destinos coletivos e movimentos de conjunto “ se trata da preocupação de Braudel com a história das estruturas – sistemas econômicos , estados , sociedades , civilizações e formas mutantes de guerra . Uma presença interessante em o Mediterrâneo , um tanto irônica é a do geógrafo alemão Friederich Ratzel , um alvo de críticas de Febvre , as idéias de Ratzel sobre geopolítica auxiliaram Braudel a formular as suas sobre um bom número de temas .
Havia também no livro de influência do antropólogo e sociólogo Marcel Mauss , mas o medievalista Henri Pirenne , foi o que mais teve influência de Braudel . Apesar da inspiração de Braudel de atingir o que ele chamava de história total , Braudel pouco descrevia em seus textos valores , ou mentalidades coletivas , mesmo no capítulo do seu livro dedicado a “Civilizações”.
O Mediterrâneo , diferente dos livros anteriores ,deixa seus leitores