A educação e a vida
Edja Daise Oliveira Barbosa
Segundo Viviane Mosé, Nietzsche é um filósofo que ama a vida e a arte, especialmente a música; o pensamento ele diz, deve estar a favor da vida e não o contrário; por isso não importa uma educação voltada para erudição, que acumula e empilha dados, mas uma formação que tenha como alvo a cultura e que nos facilite o acesso ao que a humanidade construiu de grandioso, ao mesmo tempo em que nos impulsiona a continuar criando, produzindo cultura.
Em toda sua trajetória existencial o homem está em constante interação com o meio em que vive, sendo assim, um agente direto e indireto na construção da história e da cultura da humanidade. E como negar essa potencialidade que cada indivíduo já traz com-sigo? Em muitos casos, a educação ignora totalmente ou quase a vida que está sendo construída além de seus muros, preferindo deter-se demasiadamente no passado, despotencializando assim o aluno, e não permitindo a ele uma formação que o provoque a pensar de forma crítica, mediante a tantas situações que a vida lhe proporciona. É cômodo para muitos profissionais agirem desta forma, enxergando os alunos apenas como simples depósitos de conhecimentos, prontos para receber aquele amontoado de conceitos ultrapassados, negando-os a oportunidade de aprender a pensar. Aprender a pensar porque determinadas coisas se deram daquela forma e se é possível repensá-las a partir de outro ponto de vista.
É necessário que a escola tenha como objetivo principal a vida em todas as suas diferentes manifestações, como a arte, a poesia, a pintura. Rompendo assim com uma forma de ensino abstrata e arcaica, distante da realidade dos alunos e da realidade de mundo. E para isso faz-se necessário uso de metodologias que desperte nos discentes o desejo de aprender e de construir conhecimentos a partir dos que já trazem com-sigo e dos conteúdos que lhe são apresentados na escola, em especial questões de ensino aprendizagem que se apresentam em seu dia