A EDUCAÇÃO E A MULHER TRABALHADORA: EDUCAÇÃO É FEMININA, EDUCAR É MASCULINO.

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A EDUCAÇÃO E A MULHER TRABALHADORA:
EDUCAÇÃO É FEMININA, EDUCAR É MASCULINO. duilio duka de souza zanni*

É preciso reconhecer o quanto a educação, no Brasil, tem sido uma tarefa majoritariamente feminina. Entretanto, o seu conceito é destinado majoritariamente ao masculino. Assim, “educação” é feminina e “educar” é masculino, pois quando se pensa em educação, pensa-se primeiramente na escola, depois na professora. Mas quando se pensa em quem faz a educação, pensa-se imediatamente no professor.
Poucos são aqueles e aquelas que conseguem perceber o quanto esse pensamento é prejudicial ao pleno desenvolvimento e exercício de cidadania. E não é de hoje. Mesmo nas sociedades de famílias matriarcais, o poder era do homem e não da mulher.
Se a educação é um dos pilares básicos para o desenvolvimento intelectual, cultural e ideológico dos seres humanos nos seus primeiros anos de vida até a adolescência, caberá à mulher e não ao homem, a “tarefa” materna junto a esses seres humanos, dado à sua característica de mãe que cuida que protege que guia que ensina.
Ao referirmos àquelas pessoas educadoras das primeiras séries, quase sempre nos referimos às “professoras primárias”; porém, se ao conjunto delas, enquanto categoria simbolizada na representação de classe social e de poder, referimo-nos ao “professor”. Assim: “... os professores da rede...”, “... os professores daquela escola...”, “... a greve dos professores...”, “A sala dos professores”, “O livro do professor”. Sempre no masculino! É como se a professora, enquanto mulher, não existisse como ser portadora de direitos! Na prática, quase que naturalmente, ela é eliminada para não concorrer com o professor-homem no poder das decisões, no comando das ações e nos ganhos salariais.
E se a situação hoje é ruim para a mulher-professora, saibamos que já foi bem pior. Não só no Brasil, mas em quase todos os países do mundo.
Em meados dos anos 20 do século

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