A educação Escolar Quilombola na Educação Básica

A educação Escolar Quilombola na Educação Básica, organiza, principalmente, o ensino ministrado nas instituições educacionais fundamentando-se, informando-se e alimentando-se da memória coletiva de suas origens, ou seja, de que são descendentes de africanos escravizados e que ainda mantêm laços de parentescos e vivem, em sua maioria, de culturas de subsistência, em terra doada, comprada ou ocupada secularmente pelo grupo. Esses grupos, ainda prezam pela preservação das línguas e dialetos de seus ancestrais, assim como também das línguas remanescentes dos primeiros quilombolas. A publicação do artigo 68, no ADCT, Constituição de 1988 tornou-se o marco civilizatório para as comunidades quilombolas, que lhes garantiam posse de terra, trouxe questões socioeconômicas, espaciais, jurídicas e culturais, introduzindo representatividade dos quilombolas à sociedade. Danças, culinária, medicina natural, capoeira, espiritualidade, religiosidade e crenças, artesanato, são apenas alguns dos exemplos das práticas culturais realizadas pelos grupos quilombolas espalhados pelo Brasil. Todas a prática de produção de produtos, são feitos de formas inteiramente manuais (artesanais). O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança, entre as danças consideradas pelos quilombolas como parte de sua tradição estão o lundum, a valsa e a mazurca. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo. Os festejos tradicionais são resultado de muitas influências: negra, indígena e católica (devido ao sincretismo religioso).
PARTE 2
As escolas quilombolas e as escolas que atendem estudantes oriundos de territórios quilombolas e que ofertam a educação infantil devem promover a integração dos pais e dos anciões, especialistas nos conhecimentos tradicionais de cada comunidade, em todas as fases de implantação e desenvolvimento da