A educação de jovens e adultos
A educação de jovens e adultos (EJA) no Brasil é muito recente. Embora de forma assistemática,os governantes tenham iniciado ainda no período do Brasil Colônia uma educação para os jovens e adultos de cunho religioso,atendendo mais as exigências religiosas do que a educação em si.
Já no Brasil Império, começaram a surgir algumas reformas educacionais e uma das foi à necessidade do ensino noturno para adultos analfabetos.
No ano 1940, detectou-se um alto índice de analfabetismo no país, o governo tomou uma grande decisão no sentido de criar um fundo destinado à alfabetização da população adulta analfabeta. Com o final da ditadura de Vargas, no ano de 1945, iniciou-se um grande movimento de fortalecimento dos princípios democráticos no Brasil. A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), solicitou aos países integrantes (e entre eles, o Brasil) promover a educação os adultos analfabetos. Com isso, o governo brasileiro lançou em 1947, a 1ª Campanha de Educação de Adultos. A alfabetização dos adultos analfabetos do país deveria acontecer em três meses, a princípio o oferecimento de um curso primário em duas etapas de sete meses, assim como,a capacitação profissional e o desenvolvimento comunitário para o trabalho com a educação de jovens e adultos. A partir daí surgiu, então, a discussão sobre o analfabetismo e a educação de adultos no Brasil.
De acordo SOARES (1996), a 1ª Campanha foi lançada por dois motivos: o primeiro foi o momento pós-guerra que vivia o mundo, a ONU fez uma série de recomendações aos países, uma delas a de um olhar específico para a educação de adultos. O segundo motivo foi o fim do Estado Novo, que gerava a necessidade de ampliação do contingente de eleitores no país. Como todos os programas governamentais surgem as críticas, com a 1ª Campanha não foi diferente. Várias críticas foram feitas ao método de alfabetização adotado para a população adulta nessa