A Dinâmica dos Espaços com a Globalização

“Encontro com Milton Santos” A globalização é um assunto que promove muitas reflexões. É a interação existente entre todos os países que nos permite comunicar e relacionar com pessoas e empresas que estão muito distantes de nós. Teve início muito tempo atrás e nem sempre adotou a forma atual. Por isso Milton Santos nos diz que, para ele, existem três fases da globalização. A globalização surgiu da prática do colonialismo. Esse surgimento marca sua primeira fase, em que ela não matinha as características que possui hoje. Naquela época, a globalização caracterizava-se pela tomada de territórios, com o objetivo de conquistar novos mercados consumidores e matéria-prima em abundância para os colonizadores. Já a segunda fase da globalização veio sendo progressivamente desenvolvida desde o início do século 20 até os dias atuais. O intercâmbio econômico entre os países pobres e ricos, desde essa época, foi favorecido pelos grandes avanços nos meios de comunicação e transporte. Empresas transnacionais implantaram filiais nos países pobres em busca de vantagens comparativas. Durante a Segunda Revolução Industrial, deu-se a crise econômica de 1929, consequência de uma superprodução sem consumo equivalente. Em busca de uma solução, o Estado propôs a adoção do Welfare State, em que ele mesmo passaria a assumir os custos básicos dos indivíduos, como saúde, alimentação, escolas, etc. As populações passaram a consumir menos das empresas dos países desenvolvidos, reduzindo seus lucros e gerando nova crise econômica. Essas empresas, vislumbrando uma solução para a nova crise, reuniram-se com o FMI em 1989, no chamado Consenso de Washington, criando o Neoliberalismo. Esta nova forma de conduzir a economia anunciava melhorias, quando, na verdade, buscava apenas recuperar os lucros perdidos ao longo do tempo. As empresas públicas dos países pobres foram privatizadas, mas os produtos produzidos pelos países estrangeiros industrializados eram-lhes oferecidos por preços menores.