A DESIGUALDADE DE GÊNERO
Atualmente, 22 milhões de lares no Brasil são chefiados por mulheres e um estudo do Banco Mundial apontou que a pobreza na América Latina vem diminuindo graças ao trabalho feminino, cuja renda contribuiu com 30% para reduzir a penúria da população mais carente.
Se economicamente, a participação feminina frente à masculina vem avançando, em outros setores ainda é lento o progresso. No Parlamento brasileiro, a participação da mulher, seja como deputada ou senadora, é tão diminuta que deixa o Brasil, em termos globais, na 107ª posição mundial, levando em conta a presença feminina nas casas de leis nacionais: hoje são 45 deputadas federais, enquanto temos 467 homens em exercício de mandato na Câmara Federal; já no Senado a proporção é de 7 senadoras para 81 senadores, menos de 10%.
Se os números revelam uma desproporção dentro do nosso Congresso, preocupa verificar que não houve avanço para a legislatura atual (2011/2014). Entre 2007 e 2010, a Câmara Federal reunia 52 deputadas (atualmente são 45) e no Senado o número se manteve inalterado, a despeito do dispositivo de cotas para as mulheres nas chapas compostas pelos partidos, garantindo participação nas eleições.
No Poder Judiciário, a situação é substancialmente melhor. Hoje, cerca de 40 % da base do Judiciário está ocupada por mulheres, que alcançaram suas posições diante de esforço e luta dentro de suas respectivas carreiras. Um exemplo marcante é a cúpula do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, ocupada apenas por desembargadoras.
Mais do que uma presença feminina substancial, temos de reconhecer a qualidade do trabalho empreendido pela mulher no Judiciário, no qual verificamos a presença em todo o seu corpo, desde a primeira instância até a mais alta corte do país, com destaque para a ministra aposentada Ellen Gracie, a primeira mulher a presidir o Supremo Tribunal Federal e hoje temos no STF as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber.
Na advocacia, o avanço da presença