A Cultura Mundo - Gilles Lipovetsky

A Cultura Mundo - Gilles Lipovetsky
Neste capítulo Gilles Lipovetsky analisa a cultura-mundo como sistema organizador do mundo.
No começo do texto, o autor cita Nietzsche para exemplificar a angustia vivida pelo homem moderno por causa da "globalização liberal" no mundo que ele denomina de hipermoderno. E, de acordo com ele, esse mundo é ditado por quatro pilares: hipercapitalismo, hipertecnicização, hiperindividualismo e o hiperconsumo.
E o problema dessa nova sociedade não esta apenas no "capitalismo desorganizado" mas no processo generalizado de desinstitucionalização e de interconexão, de circulação e de desterritorialização ordenando novos quadros de vida social, cultural e individual.
Hipercapitalismo: privatizações espalhadas no mercado, peso do comércio internacional elevado, mercado planetário. Substituição das grandes potências antes "dragões" (Coreia do Sul, Taiwan) pelos atuais e emergentes "BRICs"(Brasil, Rússia, Índia e China). Inchaço do setor financeiro, transferências de capital feitas de forma instantânea em tempo real, através das novas tecnologias em rede numa espécie de jogo virtual. A nova era global das finanças inaugurou uma época de desiquilíbrios e instabilidade bem ao avesso daquilo que prometia e se esperava. As desigualdades sociais se agravaram de forma significante e o coletivo foi estilhaçado pelo individual, o trabalho se tornou instável e o trabalhador descartável e como resultado disso a população se tornou mais propensa a amargura e depressão. Domínio e reinado puramente mercantil, todos os processos se baseiam na concorrência e analise de mercado. É visível um enfraquecimento do poder de governo e a impotência do político diante da globalização liberal.
Hipertecnologica: Jacques Ellul disse que esse era um fenômeno totalizante e universal. A técnica invadiu o planeta e estende-se a todos os domínios da vida. Não produz apenas máquinas mas apodera-se do ser vivo. Onde a tecnologia é o determinante na mudança da vida de cada um.