A CRISE HIDRICA DO SISTEMA CANTAREIRA
O Sistema Cantareira é formado pelas represas Jaguari, Jacareí, Cachoeira e Atibainha. Elas ficam no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais. Juntas, as represas fornecem água para cerca de 9 milhões de pessoas na cidade de São Paulo (zonas Norte, Central e parte das zonas Leste e Oeste), além de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. Parte do interior do estado também recebe água do sistema.
No entanto, neste ano o sistema está sofrendo o maior colapso de sua história. A baixa nos reservatórios fez as companhias de distribuição cogitarem o racionamento e obrigou a adoção de medidas extremas, como a utilização de águas mais profundas, o chamado: volume morto.
O nível das represas sofreu forte queda baixa principalmente por causa da estiagem registrada no estado de São Paulo e nas cabeceiras das represas. Nos seis primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros – 56,5% do índice previsto segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros. Os dados são da Sabesp.
A primeira medida adotada pela Sabesp foi o incentivo à redução do consumo. Quem conseguisse diminuir os gastos teria descontos na hora de pagar a conta, enquanto quem aumentasse, pagaria multa. Outra opção seria o racionamento planejado, que, segundo a empresa, não foi aplicado, mesmo que parte da população reclame da falta de água nas torneiras de algumas regiões abastecidas pela companhia. No fim, a Sabesp se viu obrigada a aproveitar a reserva técnica, adiando o racionamento e garantindo o abastecimento até o mês de novembro, quando o período de chuva já deve estar de volta. O uso desse volume morto gerou preocupação por parte dos consumidores, principalmente em relação à qualidade da água. No entanto, a distribuidora garante que todos os procedimentos necessários foram adotados para manter a água nas condições ideais para consumo.
VOLUME MORTO: o "volume