A criança e o desenho

1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento motor da criança segue algumas etapas que foram definidas a partir de estudos da área da psicologia e, através de observações e teorias fundadas por especialistas, se pode compreender a percepção do eu, do outro e do mundo por meio das representações simbólicas impressas nos desenhos infantis. Por meio do desenho, a criança cria formas expressivas onde une a imaginação e a realidade. Fazendo do desenho, um canal de comunicação entre ela e o mundo, sem as regras de noções estéticas e sociais que futuramente possa observar.

1.1. Objetivo
Diante do descrito acima, o objetivo proposto é a análise de grafismo de crianças de 0 a 15 anos afim de discutir sobre suas fases de desenvolvimento cognitivo, de acordo com os autores Jean Piaget e Georges Henry Luquet, visando correlacionar oito desenhos obtidos com o conteúdo teórico estudado em sala de aula, baseado também em livros e textos complementares.

1.2. Pressupostos teóricos

1.2.1. Jean Piaget
Psicólogo e filósofo suíço, grande estudioso do campo da inteligência infantil. Através da observação de seus filhos, desenvolveu estudos sobre a aprendizagem como um processo de reorganização cognitiva. Para Piaget, o desenvolvimento mental é uma construção continua, que à medida que se acrescenta algo, este se torna mais solido. Piaget distingue quatro estágios ou períodos do desenvolvimento que são denominados: “Sensório-motor (0 a 2 anos)”, “Pré-operatório (2 a 6 anos)”, “Operatório concreto (6 a 11 anos)” e “Operatório formal (11 anos em diante)”.

1.2.1.1. Sensório-motor
1º estágio: dos reflexos, ou mecanismos hereditários, assim como as primeiras tendências instintivas e emoções;
2º estágio: dos primeiros hábitos motores e das primeiras percepções organizadas, como também dos primeiros sentimentos diferenciados;
3º estágio: da inteligência senso-motora ou pratica (anterior à linguagem), das regulações afetivas elementares e das primeiras fixações exteriores da