A criança enquanto produtora de cultura

Criança: Produtora ou Herdeira Cultural?

O texto busca fazer uma análise acerca da infância e do que significa ser criança. Apoiado nas ideias contidas no texto Antropologia da Criança de Clarice Cohn e segundo os argumentos de Margaret Mead, as crianças devem ser analisadas levando em consideração seu contexto sócio-cultural.
Vivemos uma época em que ainda se encontram contradições acerca da cultura infantil. Para discutir acerca desse tema, é preciso levar em conta o meio social e a comunidade em que a criança é educada respeitando, acima de tudo, os valores tradicionais étnicos e socioculturais, no ambiente em que a criança se encontra instalada. Como atuante na vida social, a criança não é uma simples miniatura de adulto, ela é passível de convivência sem perder sua origem e essência, não precisa e nem pode ser tratada como outro ser senão como ela mesma e com seus valores, pelo contrário, devem ser reconhecidas em sua verdadeira realidade. Cada criança participa da construção das relações acerca dela, ela cria vínculos e constitui laços, obedecem a regras, bem como constroem a sua própria imagem e personalidade, claro que, para isso contam com a influência da instituição do meio em que se encontra, seja família, sociedade e também escola. Elas têm sua própria percepção acerca das coisas que a rodeia e sabe como se expressar e se referir a elas à sua maneira, não inferior aos adultos apenas diferente.
Há que se pensar na infância como uma geração distinta do universo adulto, considerando que as crianças são diferentes umas das outras. Elas elaboram sentidos para o mundo e para suas experiências com tal particularidade que, lhes dão autonomia perante os adultos, porém, existem fatores que lhes associam entre si, como o fato de dependerem de pessoas responsáveis por elas até certa idade. Embora haja um momento em que elas começam a se tornar independentes por uma necessidade própria.
Há séculos são feitos estudos acerca das concepções da infância e como