A Corrosão do Caráter

A CORROSÃO DO CARÁTER
RESUMO CAPÍTULO 1 – DERIVA
A palavra deriva expressa sentido de mudança.
O capítulo conta a história do momento em que o autor encontra o filho de um velho conhecido que aguardava seu voo no saguão de um aeroporto.
No decorrer dos fatos, sabemos que Enrico trabalhava como faxineiro em um prédio comercial e tinha uma vida branda baseada em uma narrativa extremamente linear, onde tinha uma rotina invariável. Sabia exatamente quando iria se aposentar e quanto dinheiro teria até lá. Ele e sua esposa Flávia viviam em um tempo previsível. Mediam a vida doméstica a cada reforma que faziam em casa, e, a cada final de mês, analisavam todas as poupanças e economizavam para pagar uma formação para os dois filhos homens. Seu dinheiro tinha um único objetivo de servir a família.
Enrico não simpatizava com negros, estrangeiros e pessoas da classe média. Embora sentisse orgulho do que construíra, não gostaria que seu filho Rico repetisse seu exemplo de vida. Aspirava à mobilidade ascendente para os meninos.
Rico, quando adulto, atendeu ao desejo paterno, porém desprezou o estilo conformista do pai e deu ampla ênfase em viver aberto a mudanças e correndo riscos. Temia a perda do controle, temia que sua vida emocional interior houvesse sido posta à deriva. Fugia de amizades com os vizinhos e colegas de trabalho. Também mantinha compromissos a “curto prazo” aqueles onde a questão é o momento oportuno onde cada pessoa envolvida tem uma utilidade instantânea, fato que corrói a confiança, a lealdade e o compromisso mútuo. Funciona como uma confiança informal, uma “força de laços fracos”.
O trabalho de equipe, praticado em casa, é destrutivo, assinalando uma ausência de autoridade e de orientação firme na criação dos filhos. As virtudes a “longo prazo”, que fortalecem os laços de família, estavam distorcidas na realidade de Rico. Este capitalismo de curto prazo corrompe o caráter dele. Por isto, viu-se em uma armadilha.
O elemento faltante entre os polos