A Condição Humana
Em seu capítulo II, o qual tem como eixo principal “As esferas pública e privada”, Hannah Arendt inicia-o debatendo a despeito do homem como animal social ou político. Em primeiro lugar ela discorre sobre a ação, caracterizada como a única atividade humana exclusiva e intrínseca à sociedade. Em segundo lugar discorre sobre o choque de tradução do pensamento aristotélico, o qual há divergências de como ele considerava o animal, social ou político, ou se até os dois termos estariam diretamente coligados no sentido original. Ainda sob o pensamento de Aristóteles, a ação (praxis) e o discurso (lexis) são 2 atividades exclusivas presentes na comunidade humana, sendo elas consideradas políticas e constituintes. Na segunda parte do mesmo capítulo, a autora permeia no assunto “A Polis e a família”. A polis seria a esfera pública, já a família a esfera privada. Além de explanar sobre estas duas esferas, a mesma considera uma terceira, a social, que não seria nem pública ou privada e teria surgido a partir da era moderna. A esfera pública, apresentada no texto como mundo comum, traz a ideia de harmonia, e, consequentemente, de blindagem contra a colisão entre homens. Já a esfera privada apresenta-se como propriedade isolada. Nessa esfera, o homem não tem preocupação com outrem; a importância dos seus afazeres não gera impacto na sociedade, e sim a ele próprio e à sua família. Por fim, Hannah Arendt encerra o capítulo II debatendo sobre a vita activa (labor, trabalho e ação) e a vita contemplativa, usando o exemplo religioso para tratar tais conceitos.
Resenha: ARENDT, Hannah. A condição humana, 10 ed. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2007. Cap. 2: As esferas pública e privada.
Hannah Arendt foi um filosofa política alemã de origem judaica. Contudo, privada