A concepção de vocação por lutero

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A concepção de vocação por Lutero
Propósito da Investigação

A palavra beruf (em alemão), e calling (no inglês), que no idioma português traduz-se por vocação, possui implícita conotação religiosa de uma tarefa confiada por Deus. Esta significação é comum em países de origem protestante, contudo não devido às peculiaridades do idioma, e sim ao significado moderno que a palavra assumiu através das traduções feitas dos originais bíblicos por Lutero, no caso da Alemanha.
Tanto o significado com a ideia da palavra vocação são produtos da Reforma. É óbvio que a valorização das atividades seculares remontam da Antiguidade Helenística, mas a Reforma Protestante trouxe uma visão nova deste conceito: o cumprimento do dever nos afazeres seculares é a mais elevada forma que a atividade ética pode assumir. Dessa forma, para o protestantismo o único modo de vida aceitável por Deus não estava apenas na superação da moralidade mundana, mas no cumprimento das obrigações impostas ao individuo.
Ao desenvolver seu conceito de vocação, Lutero ponderava que a vida monástica – reclusa das atividades seculares – não possuía justificativa diante de Deus e era produto do egoísmo humano. Enquanto que o trabalhar dentro da vocação é a expressão do amor fraternal. O monge afirmou que a divisão do trabalho gera um sentimento de fraternidade e união – o que sabemos, é, no mínimo, contrário a ideia de Adam Smith.
Para Martinho Lutero, o conceito de vocação era tradicionalista afirmando que o homem a deve aceitar como uma ordem divina. Era, portanto, preconizada a obediência à autoridade e a aceitação do sistema existente.
A justificação moral para as atividades seculares foi um dos mais importantes resultados da Reforma, especialmente com Lutero. Porém outras correntes protestantes posicionaram-se completamente opostas a ele.
É importante ressaltar que a concepção de vocação no sentido religioso para o secular era passível de interpretações bastante diferentes. Isso porque o modo

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