A comunidade Arturos

Universidade Federal de Ouro Preto
Instituo de Ciências Sociais Aplicadas: ICSA
Disciplina: Politica setorial IV: Questão Agraria e Questão Urbana
Discente: Lylian Mara Vieira Rocha

Os Quilombos eram lugares, afastados das cidades, que reuniam ex-escravos libertos ou que fugiam de seus senhores, índios e alguns brancos muitos pobres. Geralmente, se localizavam em locais de difícil acesso, como no meio de matas ou em montanhas. Seus habitantes, chamados “quilombolas”, formavam comunidades onde suas tradições religiosas e culturais eram mantidas. Sobreviviam por meio da pesca, da caça, da coleta de frutas e da agricultura; também havia o comércio dos excedentes com as populações ao redor. Havia quilombos de vários tamanhos, alguns pequenos, e outros grandes, com centenas ou milhares de moradores. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas que foi abrigo do mais famoso de todos: o Quilombo dos Palmares. Existem até hoje remanescentes desses quilombos, espalhados por todo o Brasil. São grupos sociais cuja identidade étnica, ou seja, ancestralidade comum, forma de organização política e social, elementos linguísticos, religiosos e culturais, os diferenciam do restante da sociedade. Entretanto o conceito de quilombola vai além, esses não são apenas descendentes de escravos, essas comunidades hoje em dia fazem parte do contexto agrário brasileiro e se definem a partir das relações com a terra. Algumas dessas comunidades só foram possíveis através da conquista da terra para cultivo, elas foram ocupadas quando não tinham dono, herdadas, doadas e recebidas como pagamento por serviços feitos ao Estado ou compradas, durante e após o regime escravocrata. Com o crescimento acelerado dos centros urbanos, varias comunidades quilombolas acabaram sendo envolvidas nesse processo e se tronaram parte de