A Bolsa E A Vida

Centro Universitário São Camilo – Espirito Santo

Curso: História
Disciplina: Formação de Mundo Medieval
Professor: Jaqueline Ramalho

Análise do Livro a Bolsa e a Vida de Jacques Le Goff

Aluna do 3º período:
205976, Marqueli Pietralonga Rauta

Cachoeiro de Itapemirim – ES
Julho de 2014
LE GOFF, Jacques. A Bolsa e a Vida: economia e religião na Idade Média / Jaques Le Goff; tradução Rogério Silveira Muoio; revisão técnica Hilário Branco Júnior. São Paulo: Brasiliense, 2004.

O livro A Bolsa e a Vida, de Jacques Le Goff, um historiador francês especialista em Idade Média e membro da Escola dos Annales, trás as faces da usura e do juro e como eram vistos na Idade Média, principalmente pelo clero, que era quem exercia poder supremo sobre os indivíduos e decidia quem ia para o céu ou para o inferno.
O titulo do livro é bem interessante: “A Bolsa e a Vida”, pois retrata, de certa forma, o que o livro apresenta; a bolsa como local de guardar o dinheiro ganho mediante juros, mediante a usura, e a vida simbolizando a redenção, a salvação almejada por todos e principalmente a vida eterna pregada pela Igreja.
A palavra usura, é repetida continuamente durante todo o corpo da obra por ser o tema central; mas o que é usura? Uma palavra não tão comum em nosso vocabulário atual, usura é o ato de se emprestar dinheiro e obter lucro em cima dos juros decorrentes do tempo. Em outras palavras, empréstimo, geralmente sobre altos juros.
O principal conteúdo, problemática que o livro aponta é a usura não sendo aceita e sendo condenada pela igreja católica da Idade Média. São diversas as situações descritas no texto que apontam que nas escrituras, na Bíblia, a usura é um pecado mortal, principalmente no antigo testamento e também é considerada uma ofensa ao Nosso Senhor e a ordem por ele estabelecida. “De todos os mercadores, o mais maldito é o usurário” (pág 25), pois o usurário empresta o dinheiro e recebe o lucro em cima do tempo, sendo Deus o único dono e senhor do