A BISSEXUALIDADE NA FORMAÇÃO SUBJETIVA E SOCIAL NO PENSAMENTO FREUDIANO

III SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES
15 a 17 de Maio de 2013
Universidade do Estado da Bahia – Campus I
Salvador - BA

A BISSEXUALIDADE NA FORMAÇÃO SUBJETIVA E SOCIAL NO
PENSAMENTO FREUDIANO
André Luiz Sales de Souza 1
Hayane Ines da Costa Ribas 2

RESUMO
O presente trabalho busca analisar a perspectiva psicanalítica sobre a bissexualidade para a formação subjetiva e social dos seres humanos no âmbito da produção freudiana. Para isso, analisaremos o contexto no qual o autor escreveu buscando compreender as influências intelectuais de sua teoria sobre a formação da sexualidade. Na teoria psicanalítica a bissexualidade é tomada como base para entender a problematização da sexualidade, que vai desde uma predisposição originaria bissexual até o desenvolvimento de uma monossexualidade. Desse modo, a sexualidade na perspectiva da psicanálise pode ser compreendida no sentido amplo do termo, ou seja, estende-se para além da constituição física do sujeito e desempenha importante papel na constituição da psique. Palavras-chave: Bissexualidade, Subjetividade, Sociabilidade e Freud

Introdução

Estamos cercados atualmente de novos movimentos que buscam a valorização da identidade enquanto sujeito que ocupa um espaço na sociedade e que querem sua participação nos espaços de poder. Dentre estes, podemos destacar os grupos que buscam o reconhecimento e a valorização se suas identidades sexuais, nas mais diversas particularidades, desde o homossexual, transexual, travestis, dentre outros, que se organizam para suas reivindicações, até aqueles que usufruem das poucas conquistas, mas que, apesar de identificarem com as necessidades, estão presos numa formação social, que os limita de se tornarem protagonistas e defensores da própria subjetividade.
Talvez, para estas pessoas, a liberdade de não precisar de uma "etiqueta", de não serem percebidas e identificadas a partir da forma que exercem sua sexualidade, é a liberdade almejada. Pois,