A ausência da psicologia nas políticas públicas
A psicologia nunca esteve totalmente ausente das politicas publicas. Entretanto, a psicologia poderia ser utilizada em qualquer lugar, nas escolas, nas empresas, nas instituições de recuperação, nas situações grupais. O psicólogo seria o “especialista”, o “técnico” que poderia produzir conhecimentos sobre os comportamentos, as emoções, a aprendizagem, o desenvolvimento, as personalidades, relações interpessoais, os quais poderiam orientar a atuação de outros profissionais.
A atuação da psicologia vinculada à emissão de laudos e diagnósticos e com pouca participação na implementação de ações para atender aos indivíduos, quando esse atendimento ocorria, era, em geral, nos moldes do atendimento que tradicionalmente tem caracterizado a pratica profissional: o do profissional liberal, que faz atendimento clinico individual.
A presença da psicologia no campo das politicas publicas termina por ser pequena ou inexistente, pois ela não teria que produzir conhecimento e procedimento de intervenção especifico para cada situação, apenas “aplicar” o que já existia. Antunes monstra que a presença da psicologia brasileira nas instituições sociais ocorreu inicialmente, no século XIX, no interior da medicina, junta à psiquiatria; logo em seguida e paralelamente, no interior da educação. Tais presenças se consolidam no inicio do século XX, com características diferentes na psiquiatria e na educação. E, nesse mesmo inicio do século, a psicologia é aplicada ao trabalho, por meio da psicometria. Nesse processo, teorias e praticas psicológicas vão se definindo de uma forma que contribui para a autonomização e institucionalização da área.
Em um período inicial de seu desenvolvimento institucional, a psicologia esteve, ligada à educação; à saúde; nas instituições psiquiátricas; e ao trabalho.
A ausência da psicologia nas politicas publicas é, na verdade, uma presença de fortalecimento de politicas assistencialistas, patologizantes,