A arte maneirista e as características gerais

A ARTE MANEIRISTA E AS CARACTERÍSTICAS GERAIS

Paralelo ao período do Renascimento Clássico, desenvolve-se, principalmente na Itália, e depois se difunde por toda a Europa, de 1520 até por volta de 1600, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: a arte Maneirista. A palavra deriva do termo italiano maniera, "maneira", indicando o estilo pessoal de determinado autor, sendo esta uma das suas principais marcas.

E em sua origem no século XVI é usada com conotações positivas, significando graça, leveza e sofisticação. Um puco mais adiante é empregada para definir se um artista possui ou não um talento superior e original. Em seguida seu conceito é movamente modificado e passa a significar artificialidade e virtuosismo excessivo. Aparece como uma imitação superficial e distorcida dos grandes mestres do período anterior, com o abandono do equilíbrio, da proporção e racionalidade cultivados pelo classicismo. “Vácuo entre dois cumes", "momento de cansaço e inércia que seguiu fatalmente, quase por reação ao esplêndido apogeu das artes na primeira metade do século XVI", ou "fase de crise”. Essas avaliações negativas repercurtem em todos os estudos posteriores até o século XX, quando o estilo começou a ser revisto e revalorizado.

É considerada por alguns autores uma transição entre o Renascimento e o Barroco, e por outros como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o Maneirismo é uma conseqüência do Renascimento Clássico que entra em declínio. Os artistas se viram obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitissem renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o Renascimento.

Já despida dos sentidos pejorativos a ela atribuídos pela crítica, à arte maneirista passa a ser pensada a partir de então como um desdobramento crítico do Renascimento, como a solução de certos problemas postos pela arte renascentista. O corte com os modelos clássicos se observa, por exemplo,