A Arquitetura Gótica na Europa

A Arquitetura Gótica na Europa

Na História da Arte Ocidental, o período conhecido como gótico, que vai do século XII até às primeiras décadas do século XVI, diz respeito à arquitetura, escultura, e à pintura. Os historiadores do Renascimento foram os primeiros a utilizar o termo gótico, pois consideravam o estilo bárbaro, obscuro, carregado de apelos decorativos e com uma exagerada altura das torres. No século XII, com o fim da era feudal na Europa, ocorrem várias mudanças sociais, políticas e económicas e muitas pessoas migram do campo para a cidade. Surge um novo grupo social, os burgueses, dedicados essencialmente ao comércio. Os burgueses foram os principais colaboradores na construção das catedrais, simbolizavam o poder económico da burguesia. As cidades tornam-se centros do comércio, do artesanato, do poder político e também centros de arte. Arte gótica reflete o desenvolvimento das cidades, a construção de uma catedral passa a representar a grandeza da cidade, símbolo do poder económico. A multiplicação das catedrais por toda a Europa resulta da competição entre as cidades, enriquecidas pela revolução comercial e também pelo prestígio universal da Igreja Católica. Cada cidade da Europa Ocidental, vai tentar que a torre da sua catedral seja a mais alta. As populações viviam com a crença na existência de um Deus que vive num plano superior, daí que, quanto mais alto fossem as torres das catedrais mais o olhar protetor de Deus estaria presente. Tanto no interior como no exterior das construções góticas, os elementos arquitetónicos apontam para o céu. A Igreja Católica foi a instituição mais poderosa da Idade Média. Era a representante de Deus na terra, detentora do poder espiritual (influenciava o modo de pensar desta época), e do poder material (era proprietária de uma grande quantidade de terras). Numa época em que poucos sabiam ler, utilizou as esculturas, os vitrais e as pinturas, dentro das igrejas e catedrais, para ensinar os