A ANÁLISE DE CONTEÚDO NA PESQUISA QUALITATIVA

RESUMO: A ANÁLISE DE CONTEÚDO NA PESQUISA QUALITATIVA
(autor do capítulo: Dinael Corrêa de Campos)

A introdução do presente texto expõe um breve esclarecimento sobre o que é a Análise de Conteúdo e o que deve ser levado em conta para que tal método de pesquisa seja eficiente na busca da compreensão do homem. O autor compara o trabalho do pesquisador na Análise de Conteúdo com o trabalho realizado por um arqueólogo, que precisa descontruir para depois construir, ou seja, o pesquisador precisa ver além do que está explícito na observação e no discurso do analisando. Mas, para que a Análise de Conteúdo seja vista como um método de pesquisa é necessário que se baseie em fundamentos científico-metodológicos, porém, essa exigência faz surgir muitas críticas a respeito do método, pois este é tido como sendo baseado em “achismos” e adivinhações, não respondendo assim aos princípios científicos. O autor, ao rebater esse fato, diz que o critério de análise dos resultados é feito através da inferência, isto é, baseada em deduções por onde o pesquisador busca compreender o significado para o esclarecimento do real conteúdo do que está sendo dito e observado. Outra crítica a que o autor se refere é a de que a Análise de Conteúdo é baseada na interpretação. Ele diz que, de fato, a interpretação é a força que sustenta o método, mas que esta não é feita de forma leviana e sim atendendo aos requisitos científicos. E ao amparar-se na pesquisa qualitativa, a Análise de Conteúdo passa a se utilizar dos princípios da fenomenologia, estabelecendo seu estudo como sendo da ordem da ciência do homem e não das ciências da natureza. A busca é pela compreensão do homem, o que exige que o pesquisador tenha uma visão de homem baseada na psicanálise ou na Antropologia, Sociologia, Filosofia e até mesmo Economia, na intenção de entender o homem como indivíduo que influencia e é influenciado pelo meio em que vive. O pesquisador deve dominar as técnicas de entrevistas, bem como