Zeitgeist da moderninade

672 palavras 3 páginas
Maria Carolina Rodrigues Fabri
Nº Usp: 8567376
Literatura Brasileira I,segundo horário

Zeitgeist da Modernidade: As mudanças ideológicas que alteraram a forma do Romance Clássico

Cada momento histórico possui uma bagagem intelectual, ideológica e cultural característica, ideia que pode ser sintetizada através do conceito de Zeitgeist, termo alemão bastante difundido em Hegel que se refere ao espírito de cada época. É a partir desse elemento que Rosenfeld inicia seu ensaio “Reflexões sobre o Romance Moderno”, na tentativa de levar o leitor a uma reflexão que, pelo modo como se desenrola, aparenta ser suave e despretensiosa, mas que na verdade é vasta e de suma importância enquanto base para que se possa compreender os inúmeros movimentos artísticos e literários ao longo da história, assim como os passos que nos trouxeram até o Zeitgeist da pós-modernidade.
O texto parte das transformações ocorridas no campo dar artes como princípio para mostrar que o fervor pela ruptura com a tradição já borbulhava há algum tempo e é decorrente, entre outros, do inconsciente descoberto por Freud e de uma nova visão do homem. O indivíduo imerso na religião e com limitada percepção de sua posição dá lugar ao indivíduo moderno que busca romper paradigmas, busca o Make It new que se contrapõe à arte que prevalecia até então, repleta de influências clássicas e valorizada pela tentativa de perfeita representação da realidade.
Pode-se dizer que o movimento Modernista que aparece no início do século XX, pós primeira Guerra Mundial (1914-1918),tem como recurso pioneiro a chamada desrealização, cuja proposta é a negação da mímesis e a fuga do prazer puramente estético. Em conjunto com o antropocentrismo, também considerado chave para a Modernidade ao colocar o império da ordem humana no lugar do absolutismo da mente divina como nas crenças da religião medieval, surge a abstração do sujeito. Os indivíduos são expostos ao território do subjetivo e do desconhecido, levados ao

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