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Na família em que todos conseguiram alcançar um padrão de vida muito bom, a tia e madrinha de Luísa, Fernanda, única empresária, é a mais bem-sucedida.
Construiu considerável patrimônio e notoriedade na cidade, reunindo em uma só loja
— o Sereia Azul — serviços e comércio de variadas naturezas: salão de beleza e barbearia, loteria, pequena mercearia com petiscos de surpreender o mais habituado cliente, armarinho e corretagem de imóveis. Organizava e animava festas para crianças. Para o seleto clube do fim de tarde, que incluía figuras de destaque da cidade, além de alguns tipos populares, e excluía os chatos de qualquer espécie, rejeitados com respostas monossilábicas, havia sempre uma pinga das boas, servida pessoalmente por Fernanda. A goiabada cascão, oferecida aos que, como o vigário, não bebiam cachaça em público, era a única coisa de graça que se poderia conseguir naquela loja. Mas Fernanda recuperava o custo no preço do queijo de minas curtido, que servia no palito.
Localizada no coração de Ponte Nova, na Praça Getúlio Vargas, que hospeda a Igreja
Matriz e onde hoje duas frondosas figueiras embalam a modorra de pobres e ricos, privilegiados por poderem repousar ali, a loja de Fernanda era, das quatro às seis da tarde, de segunda a sexta-feira, o ponto mais importante da cidade. Para ali acorriam os influentes e poderosos em busca de informações e oportunidades de negócio. Ali se tecia a crônica de costumes e a resenha de notícias. O presidente da Câmara Municipal e o vigário, desafetos, revezavam turnos, poupando-se mutuamente do encontro face a face. O prefeito marcava ponto antes da missa das seis (DOLABELA, 2006, p. 32-3).
Com essa descrição de Dolabela (2006), podemos imaginar como seja a lojinhaAs ciências formais são aquelas que lidam com dados que não são concretos, com abstrações cujos teoremas e argumentos dispensam experimentos. Trabalham sobre a forma do conhecimento, e não sobre seu conteúdo. A exemplo da Matemática e da

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