Youtube como instrumento de cultura participativa

YouTube como site de cultura participativa Cultura participativa é um termo geralmente usado para descrever a aparente ligação entre tecnologias digitais mais acessíveis, conteúdo gerado por usuários e algum tipo de alteração nas relações de poder entre os segmentos de mercado da mídia e seus consumidores (ver Jenkins, 2006a). Ele estabelece que fãs e outros consumidores são engajados a participar da criação e circulação de novos conteúdos relacionados (Jenkins, 2006ª, p. 290). Autores como Joshua Green, Jean Burgess e o próprio Jenkins, contextualizam o YouTube na política popular participativa apontando como este site se tornou uma das maiores representações da cultura participativa da atualidade, comprovando ter mudado as relações do público com a propriedade intelectual, conteúdo audiovisual e o entretenimento, bem como nossa forma de absorver conteúdo. E constantemente fomenta discussões relativas à propriedade e privacidade. Fundado por ex-funcionários do site de comércio on-line PayPal, Chad Hurley, Seteve Chen e Jawed Karim, o YouTube foi lançado em junho de 2005 e aparentemente era mais um entre vários outros serviços concorrentes que facilitavam o armazenamento e o compartilhamento de vídeos entre usuários comuns na internet. Sua inovação, no entanto, era de ordem tecnológica: em uma interface simplificada onde o usuário podia fazer upload, publicar e assistir vídeos em streaming¹ sem necessariamente ter conhecimentos técnicos mais avançados, adequado às restrições tecnológicas dos programas de navegação padrão e da (até então) baixa velocidade da banda. Além disso, o site não limitou o número de vídeos que poderiam ser colocados na rede via upload – embora limitasse o tempo e o tamanho do material –, e disponibilizou ferramentas básicas de comunidade, como compartilhamento entre amigos conectados à rede e meios de incorporar (embed) os vídeos em outros sites, aproveitando as tecnologias de blogging e vlogging recentemente disponibilizadas a grande